Como esterelizar materiais médicos?
Por: Daniela - 23 de Abril de 2024
Os materiais médicos compõem uma parte crucial da assistência à saúde, permitindo que os profissionais de saúde realizem procedimentos com eficiência, segurança e higiene.
Esse universo de itens é extremamente diversificado, abrangendo desde equipamentos complexos até insumos cotidianos.
Mas a utilização desses materiais médicos implica em uma enorme responsabilidade. Esterilização, seja ela por calor seco, úmido ou radiação, é essencial para garantir que esses materiais não se tornem veículos de propagação de doenças. Entenda melhor nos próximos tópicos.
Métodos de esterilização
A esterilização é uma etapa crucial no manuseio de materiais médicos. Para isso, vários métodos podem ser adotados, dependendo da natureza do material, sua resistência e a sua finalidade.
O processo busca exterminar todos os microrganismos, sejam eles bactérias, vírus, fungos ou esporos, contidos nos materiais.
Esses processos de esterilização variam com base no tipo de agente esterilizante empregado, podendo ser calor seco, calor úmido ou radiação ionizante.
Cada método tem suas vantagens, desvantagens e indicações específicas, cujo entendimento é fundamental para a prática médica segura.
Há também outras técnicas, como a esterilização química e a por gás, que também são amplamente utilizadas levando em consideração a compatibilidade do material a ser esterilizado.
Calor seco
O calor seco é uma forma eficaz de esterilização para materiais que não podem ser esterilizados por algum outro método.
A esterilização por calor seco é realizada com a utilização de um forno de esterilização e funciona através da condução, onde o calor é absorvido pelo exterior do objeto e então passado para o interior.
Esse tipo de esterilização é adequado para materiais que são resistentes ao calor e corrosão, como vidros, metais e algumas cerâmicas. No entanto, não é eficaz para a esterilização de materiais que contêm líquidos ou para objetos com lúmens profundos.
- Pode reduzir a durabilidade de alguns materiais;
- O processo é relativamente lento, comparado ao calor úmido;
- Ótimo para materiais que não sejam sensíveis ao calor;
- Em linhas gerais, uma alternativa mais barata;
- Requer um controle de temperatura rigoroso.
Considerando essas características, é preciso avaliar e ponderar o uso desse tipo de esterilização de acordo com o material que será esterilizado.
Calor úmido
O calor úmido é o método de esterilização mais frequentemente empregado em estabelecimentos de saúde. Eficaz e rápido, ele é ideal para a esterilização de uma grande variedade de materiais médicos, incluindo instrumentos cirúrgicos, vidraria, linho, borracha e plástico.
Associado ao serviço de acompanhamento hospitalar, esse método, que geralmente é realizado por autoclave, tem sua ação de esterilização baseada no calor transmitido ao material por meio do vapor de água sob pressão.
Radiação ionizante
A radiação ionizante é um método de esterilização que utiliza radiação gama ou feixes de elétrons para esterilizar materiais médicos.
Este método é especialmente útil para a esterilização de materiais sensíveis ao calor e umidade, como alguns plásticos, equipamentos eletrônicos e produtos farmacêuticos.
Um dos grandes benefícios desse método é que os materiais podem ser esterilizados já em suas embalagens finais. Além disso, a esterilização por radiação ionizante não requer ventilação subsequente e não deixa resíduos tóxicos.
Importância da esterilização
A esterilização de materiais médicos é uma prática vital para a prevenção de infecções hospitalares.
Através dela, reduz-se ao máximo a possibilidade de microrganismos presentes nos materiais médicos serem transferidos para o paciente, evitando assim a disseminação de doenças dentro do ambiente hospitalar.
Ademais, as normas internacionais de controle de qualidade na saúde exigem a esterilização adequada dos materiais médicos.
As autoclaves, por exemplo, devem ser verificadas regularmente para garantir que estejam funcionando de maneira eficaz, pois um problema com o equipamento pode resultar em falha na esterilização.
Prevenção de infecções
A esterilização desempenha um papel crucial na prevenção de infecções. Isso porque a esterilização adequada dos materiais médicos remove todos os microrganismos que podem causar infecções em pacientes.
A não esterilização adequada desses materiais pode levar a graves infecções, como septicemia (infecção generalizada) ou até mesmo mortes.
Um exemplo de instrumento utilizado na prevenção de infecções é o teste influenza domiciliar, que permite a identificação rápida e segura da presença do vírus.
Segurança do paciente
Em complementação, assegurar a correta esterilização de materiais médicos promove a segurança do paciente.
Os profissionais de saúde têm em suas mãos a responsabilidade de oferecer aos pacientes um ambiente de atendimento livre de riscos. E essa premissa se estende aos materiais e instrumentos médicos a serem utilizados no atendimento.
Com o uso adequado de técnicas de esterilização, o risco de um paciente contrair uma infecção nosocomial (do ambiente hospitalar) é significativamente reduzido. Isso gera um ambiente mais seguro para o paciente e uma qualidade de atendimento mais elevada.
Além disso, a não esterilização adequada dos materiais médicos não apenas coloca em risco a saúde dos pacientes, mas também dos profissionais de saúde, que ficam expostos aos mesmos microorganismos.
Tipos de materiais a serem esterilizados
A lista de materiais médicos que requer esterilização é extensa, indo desde simples luvas descartáveis até instrumentos cirúrgicos complexos. Entre os materiais mais comuns destacam-se instrumentos cirúrgicos, agulhas, seringas, drenos, tubos, entre outros.
Estes materiais, antes de serem utilizados, passam por um processo de limpeza, esterilização e armazenamento seguro, seguindo rigorosamente as normas estabelecidas.
A consultoria enfermagem tem um papel importante neste processo, auxiliando na implementação de protocolos efetivos de esterilização e aconselhando equipes de saúde sobre a correta manipulação e armazenamento de materiais esterilizados.
Processo de esterilização em autoclave
O método de esterilização mais comum é o uso de autoclaves, que usam calor úmido sob pressão para esterilizar materiais. A autoclave consegue eliminar todos os microorganismos, incluindo bactérias, vírus, esporos e fungos.
É importante destacar que o processo de esterilização em autoclave requer rigoroso controle de condições como temperatura, pressão e tempo. A eficácia do processo depende totalmente da manutenção rigorosa desses parâmetros.
Ao fim do processo de esterilização, o material fica pronto para manuseio seguro e pode ser guardado para uso posterior. É importante frisar que o material deve ser utilizado imediatamente após abrir a embalagem ou então descartado, para evitar contaminação.
Esterilização por calor seco
A esterilização por calor seco, também conhecida como esterilização por convecção forçada, é um método que usa altas temperaturas para esterilizar materiais médicos. O calor seco é absorvido pelo material e então distribuído uniformemente, eliminando microorganismos.
Este método é particularmente útil na esterilização de materiais que não podem ser esterilizados de outra forma, seja pela natureza do material ou se o mesmo é danificado pela umidade.
As principais desvantagens da esterilização por calor seco incluem tempo de processamento longo, potencial dano ao material e ineficiência na esterilização de materiais com cavidade ou com presença de líquidos.
Funcionamento do processo
O processo de esterilização por calor seco requer um forno de esterilização ou estufa, que gera o calor necessário. A esterilização por calor seco é um processo de três estágios: a pré-aquecimento, a esterilização e o resfriamento.
Sendo assim, o apoio de uma consultoria de enfermagem pode ser muito útil para garantir o correto funcionamento deste processo.
Indicações e limitações
O principal uso da esterilização por calor seco é para materiais que possuem alguma restrição ao contato com a umidade, que não possam ser esterilizados por radiação ionizante ou que sejam impenetráveis ao vapor.
Por outro lado, esse método mostra-se menos eficaz na presença de matéria orgânica e requer um tempo de exposição consideravelmente maior quando comparado à esterilização por calor úmido.
Em suma, a escolha do método de esterilização mais adequado deve levar em consideração a natureza das materiais, a segurança do paciente e a aplicabilidade prática no ambiente de saúde em questão.
Segurança, higiene e eficácia na utilização dos materiais médicos são componentes indispensáveis para a boa prática da medicina. Esses elementos só são alcançados através de um processo de esterilização adequado, que deve ser rigorosamente monitorado e seguido.
A escolha do método de esterilização mais apropriado ao tipo de material e ao contexto é crucial para garantir que os pacientes recebam o cuidado médico mais seguro possível.